segunda-feira, 14 de maio de 2018

A velha Roca

Velha Roca
guarda e abraça segredos
dor
E há fantasmas
Correm na escuridão como fogos fátuos
zunindo as suas mãos agrestes no meu corpo esquecido do cansaço
Está frio
Escuro
Longe vai já o alvoroço dos turistas diurnos
A Roca na sua solidão
Ao longe o suave hipnotizante marulhar das ondas
Nos lábios afloram gotas salgadas trazidas pelo vento recordando o teu sabor
Abraço eu a tua solidão
E nada mais


1 comentário:

Ana Carvalho disse...

A solidão nunca se sentiu tão acompanhada...