terça-feira, 16 de maio de 2017

Azimute



Embarco
Sigo a rota no horizonte que outros olharam e traçaram
Na amurada a lua espreita
espelhando a água que as minhas mãos beliscam
Parto
E não chego
Olho e não há fim no desenho das ondas
Encontro-me
Em caminhos que tu não trilhas
Desencontro
Sempre foi assim
Lanço âncora 
desapareço na espuma
Ouve, há um murmúrio…

.

1 comentário:

Ana Carvalho disse...

Pena que o vídeo está desativado, logo não consegui ouvir o murmúrio. Encontrei algum tipo de simbiose entre poemas meu e teus. Gosto desta métrica.