Não sei bem como começou tudo isto.
A teoria divina é, sem dúvida, bastante mais romântica que a
científica.
Enquanto uma começa com um big-bang e uma lenta evolução a
outra começa com um artista que vai pincelando a sua tela da criação até que, “puf…”,
surge o homem.
Independentemente da visão que se adopte, a mais romântica e
divina ou a mais comezinha e realista, dita científica, certo é que o homem não
descansou enquanto não reproduziu sons de forma melódica e inventou a música.
E se ao longo da história, pelo menos desde Julio Verne, o
homem sonha com viagens espaciais e no tempo ou tele-transporte, a música leva-nos
onde nem a ficção científica nos conseguiu levar.
A música abre-nos outras dimensões, coloca-nos no passado ou
mostra-nos, de soslaio, os futuros mais incríveis e apenas sonhados.
Deprime-nos ou alegra-nos, transforma-nos em dançarinos ou
deixa-nos na mais completa paz e quietude.
Verdadeiramente a música é uma autêntica máquina do tempo,
de tele-transporte e uma droga poderosa.
Para vocês, caros colegas e amigos com quem partilhei parte
do meu percurso de vida, agora que se reúnem para comemorar vinte e sete anos de
uma caminhada, um exemplo dessa virtude da música.
Deixem-me transportar-vos ao passado e revisitar a nossa
juventude.
Estarei doido? Não,
mas Oui, c’est la folie…
Fins de 1981…
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