sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A não-existência...




O pior que pode acontecer a um ser humano é a não-existência. 

Não estamos mortos nem vivos, e ninguém chora por nós.

Ninguém ama, ninguém odeia. Não há tranquilidade ou raiva, não há desejo nem falta de desejo. Não há nada. Um vazio infinito, eterno e completo.

Um vácuo quântico. 

E, ainda assim, temos a noção que respiramos, temos a noção da dor, da beleza, da vida.

Somos como pessoas invisíveis com volume, mas que nem com óculos 3D darão por nós.

A linha da vida torna-se plana como a de um monitor cardíaco na morte dos sentidos.

Olhamos em redor e estamos noutra dimensão. Tudo o que nos resta é uma melodia persistente que ecoa e que nos lembra que um dia fomos alguém. 

Ou talvez não.

Que raio de sexta-feira!

Sem comentários: