Há muitos mundos, muitas vidas, muitos vazios e muitas
mortes.
A cada dia que passa, cruzam-se invólucros que
respiram, ávidos do que pensam ter-lhes sido negado, o olhar perscrutando o
sentir, cobertos das folhas quase secas de um outono perene.
E saem e dançam, danças macabras obsoletas, e bebem um copo
com amigos, erguendo a taça do desespero mascarado da alegria externa e falsa
de pensarem ser esse o seu destino que os fará felizes.
Hoje as pessoas têm medo. Medo de viver, de se entregarem,
de se revelarem, vivendo nas e das suas patológicas mentiras.
A intimidade das almas foi substituída pela ideia da falsa
intimidade dos corpos.
Há muitos vazios e muitas mortes.
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